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Um momento de alegria em família foi compartilhado com toda a comunidade neste ultimo domingo, dia 11 de dezembro 2011, onde quatro pequeninos foram batizados por nossos pastores Jânio e Luciene.
Lindo ver os pequeninos Paloma, Lara, Geovana e João Vitor e pela manhã de EvilynMaria Eduarda, sendo entregues ao Senhor por seus pais, pois possuem a consciência e necessidade de educarem seus filhos próximos a palavra e sobre a Mão Poderosa de Nosso Pai, e desde já recebendo orações de seus intercessores que emocionados, viram a importância de tal gesto.

  






Abaixo segue texto relacionado ao batismo infantil;



BATISMO DE CRIANÇAS
O testemunho da História
José Carlos de Souza


NOVO TESTAMENTO
Não há, no Novo Testamento, nenhuma ordem expressa que autorize o batismo de crianças. Tão pouco existe qualquer proibição! De qualquer modo, é incorreto interpretar tal silêncio em sentido categoricamente negativo, pois estudo exegéticos recentes têm indicado a probabilidade de que tal prática se impôs à Igreja Cristã logo em seus primeiros anos. Autores antigos, como Irineu e Orígenes, confirmam a tese, ao sustentarem tratar-se de "costume apostólico". São evidências disso:
1 - O batismo de famílias inteiras ( At 10:2, 24, 44-48; At 16:15; At 16:30-33; At 18:8; 1Co 1:16; Cf. discurso de Pedro logo após o Pentecostes, em Atos 3:39 ele diz: "..para vós outros é a promessa, para vossos filhos, e para todos os que ainda estão longe...". Embora não se mencione explicitamente a presença de crianças, ela não é inverossímil, como atesta o procedimento judaico semelhante no tocante ao batismo de prosélitos.
2 - As figuras do Antigos Testamento, que os escritos do Novo Testamento vêem relacionadas ao batismo - dilúvio (1Pe 3:20-21) & travessia do Mar Vermelho (1Co 10:1-2) - acentuam a dimensão comunitária e solidária da salvação (cf. também 1Co 7:14: noção coletiva de santidade).
3 - Paralelo entre o batismo e a circuncisão (Cl 2:11-12), como sinais da Aliança de Deus, em sua Graça, estabelece com o seu povo.
4 - Importância da fé da comunidade: nem sempre a fé dos beneficiados pelos milagres de Jesus foi decisiva (Cf. Mc 2:5; Mc 9:14s; Mc 9:23s; Mc 17:19s; Mt 8:10). Evidentemente, isso não exclui a necessidade de uma opção posterior a favor de sua mensagem acerca do Reino.
5 - A atitude de Jesus em relação às crianças (Mc 9:33-37; Mc 10:13-16; Mt 18:1-5; Mt 19:13-15; Lc 9:46-48; Lc 18:15-17; Cf. Mt 21:15-16, etc). Em particular, o emprego do mesmo verbo "impedir" ou "embaraçar" na passagem sobre a bênção aos infantes e nos relatos batismais do Novo Testamento (At 8:36; At 10:47; At 11:17; Mt 3:13-14; Cf. Evangelho dos Ebionitas 30:13), levou a Igreja primitiva a situar a palavra de Jesus a favor do batismo de crianças.
6 - Certos autores sugerem que o clima de intensa expectativa escatológica vivido pelos primeiros cristãos favorecia igualmente a adoção do batismo infantil. Em vista da urgência da hora e na expectativa do retorno glorioso de Cristo, era preciso, o quanto antes, incorporar-se, pelo batismo, à comunidade messiânica. Esse fator explicaria também porque o cuidado e extenso período de preparação para o ato batismal, tão caro no período posterior, fosse abreviado e simplificado.
7 - Outro ponto decisivo é que a prática do batismo de crianças não está em desacordo com a visão total da teologia batismal neotestamentária. Antes, o contrário, ele encontra-se em harmonia com a primazia concedida à Graça de Deus. O Batismo é, antes de tudo e substancialmente, obra de Deus, o Pai (At 2:39-41), o Filho (Ef 5:25s) e o Espírito Santo (1Co 12:13). Daí ser administrado em nome da Trindade (Mt 28:19). A exigência da fé é cumprida, nesse caso, com base na fé dos pais (pensa-se nas crianças cujos pais são cristãos, e não numa prática generalizada e sem critérios), da comunidade orante (disso decorre o fato do ato batismal sem pré realizado numa reunião celebrativa da igreja), e da própria criança que deve confirmar, no futuro, os compromissos batismais (essa é a razão da ênfase dada à educação na fé). É surpreendente, nesse sentido, o comentário do teólogo batista Neville Clark: "Pode-se defender o batismo infantil à base da natureza escatológica do sacramento. Pode-se afirmar que ele tem um elemento inegavelmente proplético... que ele existe em vista da fé. Esse é um argumento poderoso..." (Apud. Brand, Eugene L - Batismo - Uma perspectiva Pastoral. São Leopoldo, Sinodal, 1982, p. 25).

IGREJA PRIMITIVA
1 - Pode-se conjecturar que o batismo de crianças tomou forma ainda no primeiro século da era cristã, com base de seu bispo, Policarpo (ano 156 dC), o qual, diante dos insistentes apelos para que renegasse a Cristo, declarou: "Há 86 anos que o sirvo e nunca me fez mal algum. Como poderia eu blasfemar meu Rei e Salvador?" Não é de todo improvável que o ancião pense a partir do batismo recebido na sua primeira infância (c. ano 70)!
2 - O primeiro testemunho inequívoco do batismo infantil encontra-se, entretanto, na obra Contra as Heresias, de Irineu, bispo de Lião, na Gália, escrita entre os anos 180-185. Segundo cria, Cristo veio para salvar toda humanidade, ou seja, "a todas as pessoas que, através de si mesmo, renascem para Deus, lactantes e crianças, adolescentes, adultos e idosos. Por isso é que passou por todas as fases da vida: fez-se criança para com as crianças, santificando a infância..." (Adv. Haer. 2:22). A chave para a compreensão do texto é o verbo "renascer" que descreve, na linguagem cristã, o ato batismal (Cf. Jô 3:3-7; Tt 3:5).
3 - Tertuliano, de Cartago, escreve, por volta de 205, a primeira monografia sobre o batismo cristão, na qual atesta que a aplicação deste às crianças achava-se bastante difundida. Rigoroso e legalista, desaconselha, porém, esse costume, fundamentado não em motivos teológicos, e sim de ordem pastoral. "Se se compreende a importância do batismo, temer-se-á mais o recebimento que a protelação" (O Sacramento do Batismo, Petrópolis, Vozes, 1981, p. 67). De acordo com o mesmo princípio, advoga o retardamento do batismo das virgens, "pois têm tentações à frente", e das viúvas, por causa de sua instabilidade (Cf. 1Tm 5:11-13). Nesse capítulo ainda, Tertuliano faz menção (pela primeira vez na literatura cristã!) da figura dos padrinhos e da invocação da bênção aos infantes (Mt 19:4), utilizada, então, como argumento para os que defendiam o batismo de crianças.
4 - Na Tradição Apostólica, de Hipólito (Petrópolis, Vozes, 1981), onde se descreve a liturgia romana nos anos 225, o tema é abordado com naturalidade, sem quaisquer dúvidas. Estabelece-se a ordem do rito batismal: em primeiro lugar vêm as crianças; depois os homens e, por fim, as mulheres, de cabelos soltos e sem jóias. Pais e familiares apresentam-se como porta-vozes dos pequenos que ainda não sabem falar (p. 51).
5 - Cipriano, Bispo de Cartago, em meados do 3º século, em correspondência com outro bispo africano, discute sobre a ocasião em que se deve aplicar o batismo. O debate é sobre quando se deve aplicar o batismo (no oitavo dias, por causa da analogia com a circuncisão?), e não se ele deve ser aplicado! Na opinião de Cipriano, não existem razões para retardar o batismo, porquanto a circuncisão é apenas uma figura do que havia de vir e, ademais, nada falta aos recém-nascidos para receber o dom de Deus. Portanto, ninguém deve ser impedido de receber "a graça segundo a lei já estabelecida... E se algo pode impedi-lo, isto é por culpa dos adultos. Se estes, quando chegam à fé, obtêm a graça, quanto mais alcançarão aqueles que, como crianças, não têm culpa alguma!" (apud Grasso, Dominico. Hay que seguir bautizando a los niños?. Salamanca, Sígueme, p. 47).
6 - Outras referências significativas encontram-se na obra de Orígenes, importante teólogo da Escola de Alexandria (c. 184-254). Em três circunstâncias diferentes, comentando Lc 2:22; Rm 1:5, 9 e Levítico, ele se reporta ao batismo de crianças como uma ordenança apostólica, relacionando-o, além disso, a impureza na qual todos nascem (pecado original).
7 - Os textos acima evocados deixam claro o alcance do batismo de crianças na Igreja dos primeiros séculos. Constata-se neles uma dupla motivação: uma positiva, no sentido de que o dom de Deus deve ser concedido o quanto antes às crianças; a outra, negativa: o pecado original do qual devem ser purificadas. De todo modo, é patente a sua universalidade.
8 - No século IV, porém, acaba se impondo o hábito de protelar o batismo até a idade adulta. Todos os grandes escritores desse período (Basílio Magno, Crisóstomo, Ambrósio, Agostinho e outros) apesar de nascerem em lares cristãos, receberam o sacramento apenas na maioridade. Constantino, imperador que mudou o estatuto legal do cristianismo na sociedade romana, será batizado somente à hora da morte. As razões são eminentemente pragmáticas (temia-se cair no pecado e, conseqüentemente, nos rigores da penitência) e não teológicas. É bom assinalar esse fato contra aqueles que simploriamente afirmam que a universalização do batismo infantil é resultado da constituição de uma Igreja multitudinária, isto é, de massas, à época de Constantino. A constantinização do cristianismo teria posto fim ao caráter confessante da Igreja cristã. Além do equívoco histórico, a prática da Igreja, nos primeiros séculos, demonstra eloqüentemente, não haver qualquer incompatibilidade entre ser confessante (Cf. relatos de martírio) e aplicar o batismo às crianças.
9 - Foi Agostinho (354-430) quem fixou a prática sacramental cristã e estabeleceu os seus fundamentos teológicos. Ele será ardoroso defensor do batismo de crianças, porém, irá vincula-lo à doutrina do pecado original. A Igreja no ocidente não o questionará durante toda a idade Média.

REFORMA PROTESTANTE
1 - Lutero expõe a sua doutrina sacramental em diversos escritos, notadamente no Cativeiro Babilônico da Igreja e nos Catecismos Maior e Menor. Para ele, o batismo infantil testifica a salvação pela Graça. Com extremo didatismo, Lutero recomenda que, aos símplices, deve-se ensinar que tanto a história quanto a experiência revelam que Deus aprova o batismo de crianças, já que o Espírito Divino não foi retido a muitos que receberam o sacramento na meninice. Aos doutos, continua ele, é preciso esclarecer que não é a fé que confere eficácia ao ato batismal, e sim a Palavra de Deus. A essa altura, o reformador opõe-se aos entusiastas, que condicionam a eficácia batismal à fé, e argumenta: "se eu não creio, segue-se que Cristo nada é" (?), para concluir: "...o abuso não suprime a substância, senão a confirma" (Cf. Catecismo Maior in Livro de Concórdia. São Leopoldo, Sinodal/Concórdia, 1980, p. 482-3). Em suma, Lutero não somente incorpora a tradição cristã primitiva como critica os adversários do batismo de crianças.
2 - Calvino segue a mesma orientação e se ocupa extensamente dessa questão em sua obra magna, precisamente, no livro IV, capítulo 16 das Institutas (na edição portuguesa, p. 304-338). Ele retoma e aprofunda princípios bíblicos e patrísticos; refuta, uma a uma, as objeções contrárias ao batismo infantil (15 argumentos anabatistas e 20 de Miguel Servetus); e finaliza afirmando que se deve ver essa prática como sinal da "abençoada provisão divina a reclamar profunda gratidão" de nossa parte.
3 - Wesley se insere na mesma tradição. Para ele o batismo de crianças está em perfeita continuidade com o Novo Testamento. Aliás, ele acreditava que a palavra neotestamentária "casa" certamente incluía crianças pequenas, como também julgava difícil supor "que os judeus, que estavam acostumados a circuncidar os seus filhos, não o dedicassem agora a Deus pelo batismo" (Notas sobre o Novo Testamento, At 16:15). Wesley estava consciente de que é Deus quem inicia a obra de regeneração em nosso coração (primazia da Graça), porém, reconhecia que o seu propósito se cumpria plenamente somente quando lhe respondemos positivamente, através do novo nascimento. Daí, afirmar categoricamente que "se não o experimentarmos, nosso batismo não respondeu ao objeto de sua instituição" (Idem, Cl 2.12). Destaca-se, nessa passagem, o caráter proléptico, escatológico, do batismo, ao qual aludiu-se anteriormente.
(4) Enfim, vale assinalar, à modo de conclusão, que a Igreja Metodista no Brasil, ancorada nessa longa tradição, reconhece a prática do batismo infantil como expressão de sua fidelidade a Deus, que "deseja que todos sejam salvos" e o afirma categoricamente em seus documentos (Cf. Cânones da Igreja Metodista, 1998).

fonte:

Autor Igreja Metodista Cota 200

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